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EDUCAÇÃO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

Educação Ambiental

 O homem é co-autor da Grande Obra da Vida, construída a cada segundo, com os sonhos, gestos, intenções, idéias, erros, acertos, buscas, certezas… e, principalmente, com a infinita criatividade para recriar o mundo, todos os dias.
Nosso projeto aposta na capacidade que cada ser humano tem de sonhar juntos e criar instrumentos para construção de um mundo melhor.
Por onde começar?
Que tal cuidando do nosso Lar?

Etapa I
Construindo um Lar.

 

O déficit habitacional gira em torno de 6 milhões de casas, sendo que quase 90% destas incide sobre a população com renda média familiar mensal até três salários mínimos.
A indústria da construção civil poderia suprir esse déficit, mas qual seria o custo ambiental dessa obra?
“As atividades relacionadas à construção civil são as maiores responsáveis pela degradação ambiental, que ocorrem por meio do consumo excessivo de recursos naturais, pela demanda por matéria prima industrializada e pela geração de resíduos. O setor é atualmente um dos maiores causadores de impactos ambientais, consome 75% dos recursos naturais extraídos, gera 80 milhões de toneladas de resíduos por ano e, devido à queima de combustíveis fósseis, sua cadeia produtiva contribui de forma significativa para a emissão de gases de efeito estufa (GEE), como o CO2. Também responde por 40% do consumo mundial de energia e por 16% da água utilizada no mundo.”
Como solucionar esse problema?
Construir casas populares sustentáveis seria um bom começo.
Mas o que é uma casa popular sustentável?
São casas projetadas com materiais de construção e tecnologias de baixo custo, que possibilitem:

• coleta e reutilização de água da chuva para descarga do vaso sanitário e irrigação do jardim
• materiais de construção naturais, recicláveis e de fontes renováveis, que produzam menor impacto ambiental, disponíveis localmente;
• tratamento local de esgoto doméstico;
• desenvolvimento de projeto que possibilite a autoconstrução ou a construção através de sistemas de mutirão;
• sistema de aquecimento de água por painéis solares

O resultado para o planeta será:
• menor impacto ambiental;
• redução do consumo de energia;
• redução do consumo de água;
• melhoria do conforto térmico;
• redução e minimização de resíduos;
• saneamento eficiente;
• paisagismo produtivo.

A teoria é perfeita, mas como saber se esses materiais e tecnologias são eficientes?
Testando!

Etapa II
Protótipo de casa popular sustentável

Construiremos um protótipo, no campus da UNICAMP, que será avaliado à luz de normatização nacional e internacional de desempenho quanto à durabilidade, conforto térmico e acústico, resistência mecânica e em situação de incêndio. Materiais e tecnologias construtivas, sugeridos no projeto arquitetônico e executivo, nesta fase, serão viabilizadas ou readequadas em função dos resultados obtidos.
A continuidade do projeto sugere o monitoramento do desempenho do protótipo, pelo período de um ano, no que diz respeito à eficiência dos materiais e tecnologias propostos.
Mas o que faz de uma casa, um Lar?
As pessoas que vivem nela.

Etapa III
Capacitação e Educação Ambiental

Capacitação em construção sustentável.
Ofereceremos cursos de confecção de tijolo adobe cimento, equipamentos de captação de água de chuva de baixo custo, painel solar de baixo custo e técnica de reuso de água, oferecidos por profissionais de diversas áreas, afim de que a casa possa ser construída em sistema de mutirão.
Educação Ambiental e Sustentabilidade
O Planeta é o nosso Lar!
Morar em uma casa sustentável não basta, é necessário que as pessoas da comunidade criem uma nova relação com o planeta. É necessário que a cultura da sustentabilidade seja disseminada entre todos. Palestras, cursos, assistência na própria comunidade, nas escolas do bairro, são atitudes que entendemos como sementes para conscientização. A partir desse conhecimento que construiremos juntos é que a cultura da sustentabilidade pode proliferar. Reuso de água, coleta seletiva de lixo, horta coletiva, replantio nas áreas de mata ciliar quando prejudicadas e o respeito pelo meio ambiente são nossas principais metas. Contaremos com apoio de grupos ambientalistas que já desenvolvem cultura da sustentabilidade.

 As questões ambientais estão cada vez mais pautadas em todos os segmentos seja ele público privado ou no terceiro setor.

Os antigos “ambientalistas”, chamados de “Bicho Grilo”, hoje dão espaço a técnicas altamente capacitadas vistas as reais necessidades técnico – científicas do segmento e não mais a idealismos sócios – emocionais.

Com a necessidade real dessas providências, nas últimas décadas essa questão ambiental ganhou destaque nas discussões sobre o desenvolvimento no País e no resto do mundo.

A Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente Humano, realizada pelas Nações Unidas em Estocolmo (1972), foi um marco importante para as discussões sobre desenvolvimento e meio ambiente e início da busca de elementos de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Na década de 80 foi promulgada a Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação.

A Constituição de 88 inovou com um capítulo tratando apenas do meio ambiente. Já na década de 90 a Segunda Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente Humano realizada no Rio de Janeiro (1992), teve como objetivo principal o de buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas, introduzindo o conceito de desenvolvimento sustentável.

Como resultado, tivemos a aprovação de duas importantes convenções:
- a da Biodiversidade e
- a de Mudanças Climáticas.

Obtivemos, também, a assinatura da Agenda 21 que é um plano de SUSTENTABILIDADE onde as ações têm metas para a melhoria das condições ambientais do planeta.
Após o ECO/92, muitas Leis foram publicadas no Brasil. Podemos citar a Lei Nº 9.608/98 que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente; a Lei Nº 9.985/00 que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza? SNUC, estabelecendo critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação; a medida provisória Nº 2.166/67 de 2001, que altera artigos do Código Florestal de 1965 e define as obras e atividades de interesse social e utilidade pública. Por fim, a Lei da Mata Atlântica Nº 1.1428 de 22/12/06 que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma.

Como vemos, nosso arcabouço legal é bastante abrangente e avançado o que coloca a nossa legislação ambiental entre as mais modernas do mundo basta, agora, que seja realmente entendidas e aplicadas.

É sabido que, ainda, em muitas dessas leis há vertentes discutíveis por conhecimento e embasamentos técnicos incongruentes onde é necessário que se conheça e se estabeleça a prioridade e a finalidade da lei que é, sempre, a manutenção da saúde da nossa raça humana.

Mas como programar na prática o desenvolvimento sustentável?

O desenvolvimento sustentável é uma análise global e completa de todo ciclo de vida do processo.

Em vários segmentos existem trabalhos direcionados.
Alguns pontuais e outros mais globais desde ações específicas dentro de empresas, escolas e associações até ações globais como a da Superintendência do IBAMA que vem trabalhando, em iniciativas voltadas ao Uso Sustentável dos Biomas.
Nesta linha destaca-se o projeto de Fomento às Boas Práticas Pecuárias para Conservação e Uso Sustentável dos Campos Nativos do Bioma Pampa – PROPEC PAMPA/FUNBIO, iniciativa que congrega uma série de instituições como as representações de produtores (FARSUL, FETAG e sindicatos rurais), de instituições diretamente envolvidas na pesquisa e extensão rural (UFRGS, UNIPAMPA, Embrapa Pecuária Sul, FEPAGRO e Emater), órgãos ambientais (IBAMA, ICMBIO, FZB/SEMA), organizações não governamentais ambientalistas (SAVE Brasil/Alianza Del Pastizal) e instituições financeiras (Banco do Brasil).

O objetivo deste projeto é, além de fomentar a adoção de boas práticas de produção pecuária, com geração de renda e conservação da biodiversidade, propor esta intervenção como alternativa ao processo de contínua supressão das áreas de campos nativos para fins de agricultura e silvicultura. Num contexto mais amplo, há de se destacar que a conservação de uma matriz significativa de remanescentes de vegetação natural do Bioma Pampa está diretamente relacionada à manutenção da atividade pecuária extensiva em campos nativos.

Existem diversos estudos mostrando que as condições de uso que preservam e mantém o equilíbrio ambiental das áreas de pastagens nativas do Pampa são as mesmas que proporcionam os melhores resultados de produção animal no bioma.

Em empresas privadas, percebemos a maior atenção ao conjunto de regras e de ações que visam à melhoria da qualidade de vida do seu profissional não apenas pelo cumprimento às Leis do MTE, mas sim por consciência e responsabilidade sócio – ambiental.

No geral, percebemos que cada “Instituição” busca inserir na atividade o viés ambiental, comprovando que é possível aumentar a produtividade e, conseqüentemente, a renda do produtor, sem destruir mais ainda o meio ambiente através da inclusão de técnicas já amplamente difundidas pela Universidade, mas ainda não incorporadas pelo setor produtivo.

Sabemos que projetos dessa abrangência estão apenas em sua fase embrionária, mas crescendo em progressão geométrica dentro de todas as esperas administrativas.

SUSTENTABILIDADE é um processo que visa à análise preventiva – multidisciplinar com vistas à total qualidade de vida do ser humano

A qualidade de vida do HOMEM depende da qualidade de sua água, de sua comida, da sua colocação em seu trabalho, do seu lazer, enfim, de um conjunto completo de toda a sua cadeia produtiva e sua cadeia de vida

A proposta de formação do GT visa trazer os setores da cadeia produtiva que trabalham de maneira bastante integrada para a discussão e formalização de um Termo de Compromisso a ser assinado entre as partes. No documento, o setor se responsabilizará pelo monitoramento da produção, utilizando como ferramenta o georeferenciamento em todos os municípios no qual ocorreram desmatamentos comprovados pelas operações do IBAMA.

Podemos dizer que o Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento consciente e pode ser implementado através de pequenas ações que resultam em grandes reações.

Resumindo: Prevenção – essa é a Solução

 

AGENDA 21
A Agenda 21 é o principal resultado da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – UNCED/Rio-92. Este documento foi exaustivamente discutido e negociado durante dois anos que precederam a Rio 92, entre as centenas de países ali presentes. É um documento estratégico, um programa de ações abrangente para ser adotado global, nacional e localmente, visando fomentar em escala planetária, a partir do século XXI, um novo modelo de desenvolvimento que modifique os padrões de consumo e produção de forma a reduzir as pressões ambientais e atender as necessidades básicas da humanidade. A este novo padrão, que concilia justiça social, eficiência econômica e equilíbrio ambiental, convencionou-se chamar de Desenvolvimento Sustentável.

Agenda 21 Global
Embora não tenha força legal, a Agenda 21 contém um roteiro detalhado de ações concretas a serem executadas pelos governos, agências das Nações Unidas, agências de desenvolvimento e setores independentes (como o setor produtivo e as organizações não governamentais), para iniciar o processo de transição na direção do desenvolvimento sustentável.
Baseia-se na premissa de que a humanidade está num momento de definição em sua história: continuar com as políticas atuais significa perpetuar as disparidades econômicas entre os países e dentro dos países, aumentarem a pobreza, a fonte, as doenças e o analfabetismo no mundo inteiro, e também continuar com a deterioração dos ecossistemas dos quais dependemos para manter a vida na Terra. É uma proposta de planejamento estratégico participativo, nos níveis local, regional e global.
A Agenda 21 é atualmente o documento mais abrangente e de maior alcance no que se refere às questões ambientais, dividida em quarenta capítulos, distribuída em quatro seções: Dimensões Sociais e Econômicas, Conservação e Gerenciamento de Recursos para o Desenvolvimento, Fortalecimento do Papel dos Maiores Grupos e Meios de Implantação. Trata praticamente de todos os assuntos relacionados com o desenvolvimento sustentável, como a dinâmica demográfica, a crise urbana nos países em desenvolvimento (incluindo habitação, saneamento e poluição urbana), uso da terra, energia e transportes sustentáveis, transferência de tecnologias, produtos químicos, oceanos, padrões de produção e consumo, e necessidade de erradicação da pobreza no mundo.
A Agenda 21 propõe mudar o rumo da humanidade na direção de um melhor padrão de vida para todos, ecossistemas melhor gerenciados e protegidos, e um futuro mais próspero e seguro. É um documento político, que pressupõe a ampla participação da sociedade na tomada das decisões necessárias, bem como a existência de instâncias institucionais que favoreçam sua implementação. É um processo de transformação cultural, de mudança de mentalidades e de comportamentos em direção a uma sociedade com padrões sustentáveis de produção e consumo. Pressupõe que os governos e a sociedade em geral sentem-se à mesa para discutir e diagnosticar os problemas, identificar e entender os conflitos envolvidos, e decidir sobre a melhor forma de resolvê-los, para iniciar o caminho na direção da sustentabilidade da biosfera.

As Agendas 21 Nacionais
O capítulo 38 da Agenda recomenda que os países criem uma estrutura de coordenação nacional, responsável pela elaboração das Agendas 21 Nacionais em cada país. As Agendas 21 Nacionais têm como objetivo elaborar os parâmetros de uma estratégia para o desenvolvimento sustentável, definindo as prioridades nacionais e viabilizando o uso sustentável dos recursos naturais. Devem levar em consideração as vantagens comparativas daquele país para produzir de forma mais eficiente os bens e serviços para a sociedade, assim como as fragilidades ambientais específicas.
A partir da Agenda 21 Global, todos os países que assinaram o acordo assumiram o compromisso de elaborar e programar sua própria Agenda 21 Nacional.
A metodologia empregada internacionalmente para a elaboração das agendas 21 nacionais contempla a participação de diferentes níveis do governo, o setor produtivo e a sociedade civil organizada.
Um fator diferencial da Agenda Brasileira em relação às demais experiências no mundo é a opção pela inclusão das Agendas Locais. A proposta é que cada cidade faça sua

Agenda 21 Local
Assim como cada país, cada cidade deve adequar sua Agenda à sua realidade e às suas diferentes situações e condições, sempre considerando os seguintes princípios gerais:
participação e cidadania;
respeito às comunidades e diferenças culturais;
integração;
melhoria do padrão de vida das comunidades;
diminuição das desigualdades sociais;
mudança de mentalidades.

Os compromissos assumidos pelos representantes dos países que aprovaram a Agenda 21 Global são muito claros e objetivos. Preservar as florestas e as nascentes, buscar substitutos para o CFC e outras substâncias que destroem a camada de ozônio, proibir a pesca destrutiva, buscar novas fontes de energia renovável, reduzir o lixo produzido e encontrar combustíveis alternativos são alguns dos compromissos que devem ser traduzidos em ações, quando couber, na formulação de cada Agenda 21 Local.

 São necessárias novas abordagens para ajudar a humanidade a lidar com a mudança climática e outras ameaças ambientais globais que permanecem sobre nós no século 21. Um grupo de 28 cientistas internacionalmente reconhecidos propôs que fronteiras biofísicas globais, identificadas com base no entendimento científico do Sistema Terrestre, podem definir um ‘espaço operacional planetário seguro’ que permitirá a humanidade a continuar a se desenvolver e crescer para as gerações futuras.
Essa nova abordagem do desenvolvimento sustentável é apresentada na próxima edição da revista científica “Nature” onde os cientistas fizeram uma primeira tentativa de identificar e quantificar um conjunto de nove fronteiras planetárias.

“A pressão humana no Sistema Terrestre alcançou uma escala onde não se pode mais excluir a mudança ambiental global abrupta. Para continuar a viver e operar de modo seguro, a humanidade precisa ficar distante dos limiares críticos ‘conectados’ ao ambiente da Terra, e respeitar a natureza dos processos climáticos, geofísicos, atmosféricos e ecológicos do planeta”, afirma o primeiro autor, Professor Johan Rockstrom, Diretor do Stockholm Resilience Centre da Universidade de Estocolmo. “Violar as fronteiras planetárias poderá ser devassador para a humanidade, mas se nós as respeitarmos, teremos um futuro brilhante por séculos”, ele continua.

O grupo de cientistas que inclui Hans Joachim Schellnhuber, Will Steffen, Katherine Richardson, Jonathan Foley e o Prêmio Nobel Paul Crutzen, tentaram quantificar as fronteiras biofísicas seguras fora das quais, eles acreditam o Sistema Terrestre não pode funcionar em um estado estável, o estado que as civilizações humanas desenvolveram.
Os cientistas primeiro identificaram os processos do Sistema Terrestre e os limiares biofísicos potenciais que, se cruzados, poderiam gerar mudanças ambientais inaceitáveis para a humanidade. Eles então propuseram as fronteiras que deveriam ser respeitadas a fim de reduzir o risco de cruzar esses limiares.
Nove fronteiras foram identificadas incluindo mudança climática, ozônio estratosférico, mudança no uso da terra, uso de água doce, diversidade biológica, acidificação dos oceanos, entradas de nitrogênio e fósforo na biosfera e nos oceanos, carregamento de aerossol e poluição química. O estudo sugere que três dessas fronteiras (mudança climática, diversidade biológica e entrada de nitrogênio na biosfera) podem já ter sido violadas. Além disso, ele enfatiza que as fronteiras estão fortemente conectadas –- cruzar uma fronteira poderá ameaçar gravemente a capacidade de permanecer dentro de níveis seguros das outras.

“O que nós apresentamos agora é uma estrutura nova através da qual nosso entendimento científico do Sistema Terrestre pode potencialmente ser usado mais diretamente no processo de tomada de decisão da sociedade”, afirma a co-autora Katherine Richardson, Professora no Earth System Science Center da Universidade de Copenhagen.

Os cientistas enfatizam que a rápida expansão das atividades humanas desde a revolução industrial gerou agora uma força geofísica global equivalente a algumas das grandes forças da natureza. “Estamos entrando na era Antropocênica, uma nova era geológica em que nossas atividades estão ameaçando a capacidade da Terra de regular-se a si mesma. Estamos começando a tirar o planeta de seu estado Holocênico estável atual, o período quente que começou aproximadamente 10.000 anos atrás e durante o qual a agricultura e as sociedades complexas, incluindo a nossa própria, desenvolveram-se e floresceram”, afirma o co-autor Professor Will Steffen, Diretor do ANU Climate Change Institute na Universidade Nacional da Austrália. “O crescente empreendedorismo humano poderia minar a resiliência do estado holocênico, que de outra forma continuaria por milhares de anos futuros.”

O co-autor Professor Hans Joachim Schellnhuber salienta que o sistema climático começou claramente a se afastar do domínio familiar onde as experiências históricas se aplicam. O risco de mudanças altamente não lineares em nossas condições ambientais é agudamente crescente fora daquele domínio.
 “Observações de uma transição climática incipiente incluem o rápido desaparecimento do gelo oceânico do verão no Oceano Ártico, derretimento de quase todas as montanhas geladas no mundo, e um aumento da taxa da alta do nível do mar nos últimos 10 a 15 anos”, afirma o Professor Schellnhuber. Ele é Diretor do Potsdam Institute for Climate Impact Research (Instituto para Pesquisa de Impacto no Clima de Potsdam).

Os pesquisadores salientam que sua abordagem não oferece um mapa completo para o desenvolvimento sustentável, mas fornecem um elemento importante identificando fronteiras planetárias críticas.
 “Dentro dessas fronteiras, a humanidade tem a flexibilidade de escolher caminhos para nosso futuro desenvolvimento e bem-estar. Em essência, estamos desenhando o primeiro -– embora bem preliminar -– mapa das zonas operacionais seguras de nosso planeta. E, além das bordas do mapa, nós não queremos ir.
Nossa pesquisa futura considerará modos pelos quais a sociedade pode se desenvolver dentro dessas fronteiras -– de modo seguro, saudável e sustentável”, afirma o co-autor, Professor Jonathan Foley, Diretor do Institute on the Environment da Universidade de Minnesota.
Artigo principal na Nature, edição de 24 de setembro: “Um Espaço Operacional Seguro para a Humanidade”:

https://www.nature.com/news/specials/planetaryboundaries/index.html

Artigo científico completo: “Fronteiras Planetárias: Explorando o espaço operacional seguro para a humanidade”, e entrevistas em vídeo, gráficas e outros materiais de suporte:

Em 1983 foi criada pela Assembléia Geral da ONU, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD, que foi presidida por Gro Harlem Brundtland à época primeira-ministra da Noruega e Mansour Khalid, daí o nome final do documento. A comissão foi criada em 1983, após uma avaliação dos 10 anos da Conferência de Estocolmo, com o objetivo de promover audiências em todo o mundo e produzir um resultado formal das discussões.
O trabalho surgido dessa Comissão, em 1987, o documento Our Common Future (Nosso Futuro Comum) ou, como é bastante conhecido, Relatório Brundtland, apresentou um novo olhar sobre o desenvolvimento, definindo-o como o processo que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. É a partir daí que o conceito de desenvolvimento sustentável passa a ficar conhecido.
Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o Relatório Brundtland aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo, trazendo à tona mais uma vez a necessidade de uma nova relação “ser humano-meio ambiente”. Ao mesmo tempo, esse modelo não sugere a estagnação do crescimento econômico, mas sim essa conciliação com as questões ambientais e sociais.
O documento enfatizou problemas ambientais, como o aquecimento global e a destruição da camada de ozônio (conceitos novos para a época), e expressou preocupação em relação ao fato de a velocidade das mudanças estar excedendo a capacidade das disciplinas científicas e de nossas habilidades de avaliar e propor soluções.

Entre as medidas apontadas pelo relatório, constam soluções, como:
• diminuição do consumo de energia;
• o desenvolvimento de tecnologias para uso de fontes energéticas renováveis e o aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas;
• limitação do crescimento populacional;
• garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) em longo prazo;
• preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis;
• aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas;
• controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores;
• atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).

Em âmbito internacional, as metas propostas são:
• adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento);
• proteção dos ecossistemas supranacionais como a Antártica, oceanos, etc, pela comunidade internacional;
• banimento das guerras;
• implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Algumas outras medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de desenvolvimento sustentável são:
• uso de novos materiais na construção;
• reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
• aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica;
• reciclagem de materiais reaproveitava;
• consumo racional de água e de alimentos;
• redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos.

A médica norueguesa Gro Harlem Brundtland, que à frente da Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas coordenou a elaboração do documento, diz que a humanidade está avançando. Mas ainda está longe de fazer o que é necessário e a realidade impõe, de maneira contundente, a cooperação internacional.

Em um mundo globalizado, estamos todos interconectados. Os ricos estão vulneráveis às ameaças contra os pobres e os fortes, vulneráveis aos perigos que atingem os fracos”.

Nesse cenário, ela preconiza o estabelecimento de um novo consenso de segurança.

“Não haverá paz global sem direitos humanos, desenvolvimento sustentável e redução das distâncias entre os ricos e os pobres. Nosso Futuro Comum depende do entendimento e do senso de responsabilidade em relação ao direito de oportunidade para todos“.

Declaração de Estocolmo – 1972

Em 1972 foi realizada, em Estocolmo, na Suécia, a primeira Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o Meio Ambiente (United Nations Conference on the Human Environment). Essa conferência chamou a atenção do planeta para as ações humanas que estavam provocando uma séria destruição da natureza e gerando graves riscos para a sobrevivência da humanidade.

A Conferência de Estocolmo reuniu representantes de 113 países, 250 ONGs (organizações não-governamentais) e órgãos ligados à ONU. Ao final do encontro foi divulgada uma declaração de princípios de comportamento e responsabilidade que deveriam conduzir as decisões em relação às questões ambientais. Outra conseqüência foi à elaboração de um Plano de Ação, que convocava toda a comunidade internacional a contribuir na busca de soluções para uma diversidade de problemas de cunho ambiental.

O documento inclui um número de princípios destinados às necessidades especiais dos estados do Terceiro Mundo, demandando “a transferência de quantidades substanciais de assistência financeira e tecnológica para os estados em desenvolvimento”, para superar as “deficiências ambientais geradas pelas condições de subdesenvolvimento” e “preservar e melhorar o meio ambiente”.

Princípios da Declaração de Estocolmo
1. Os direitos humanos devem ser defendidos; e o colonialismo deve ser condenado
2. Os recursos naturais devem ser preservados
3. A capacidade da Terra de produzir recursos renováveis deve ser mantida
4. A fauna e a flora silvestres devem ser preservadas
5. Os recursos não-renováveis devem ser compartilhados, não esgotados
6. A poluição não deve exceder a capacidade do meio ambiente de neutralizá-la
7. A poluição danosa aos oceanos deve ser evitada
8. O desenvolvimento é necessário à melhoria do meio ambiente
9. Os países em desenvolvimento requerem ajuda
10. Os países em desenvolvimento necessitam de preços justos para as suas exportações, para que realizem a gestão do meio ambiente
11. As políticas ambientais não devem comprometer o desenvolvimento
12. Os países em desenvolvimento necessitam de recursos para desenvolver medidas de proteção ambiental
13. É necessário estabelecer um planejamento integrado para o desenvolvimento
14. Um planejamento racional deve resolver conflitos entre meio ambiente e desenvolvimento
15. Assentamentos humanos devem ser planejados de forma a eliminar problemas ambientais
16. Os governos devem planejar suas próprias políticas populacionais de maneira adequada
17. As instituições nacionais devem planejar o desenvolvimento dos recursos naturais dos Estados
18. A ciência e a tecnologia devem ser usadas para melhorar o meio ambiente
19. A educação ambiental é essencial
20. Devem-se promover pesquisas ambientais, principalmente em países em desenvolvimento
21. Os Estados podem explorar seus recursos como quiserem, desde que não causem danos a outros
22. Os Estados que sofrerem danos dessa forma deve ser indenizado
23. Cada país deve estabelecer suas próprias normas
24. Deve haver cooperação em questões internacionais
25. Organizações internacionais devem ajudar a melhorar o meio ambiente
26. Armas de destruição em massa devem ser eliminadas apartheid
Fonte: Clarke e Timberlake, 1982

“3 - O homem carece constantemente de somar experiências para prosseguir descobrindo, inventando, criando, progredindo. Em nossos dias sua capacidade de transformar o mundo que o cerca se usada de modo adequado, pode dar a todos os povos os benefícios do desenvolvimento e o ensejo de aprimorar a qualidade da vida. Aplicada errada ou inconsideradamente, tal faculdade pode causar danos incalculáveis aos seres humanos e ao seu meio ambiente. Aí estão, à nossa volta, os males crescentes produzidos pelo homem em diferentes regiões da Terra: perigosos índices de poluição na água, no ar, na terra e nos seres vivos; distúrbios grandes e indesejáveis no equilíbrio ecológico da biosfera; destruição e exaustão de recursos insubstituíveis; e enormes deficiências, prejudiciais à saúde física, mental e social do homem, no meio ambiente criado pelo homem, especialmente no seu ambiente de vida e de trabalho.”:

 

PROJETO RECRIAR CAIEIRAS

Nós da RECRIAR e a Jacyra, coordenadora da ASSOCIAÇÃO DOS DEFICIENTES FISICOS E VISUAIS DE CAIEIRAS estamos construindo uma nova proposta de trabalho em Caucária, uma região carente da cidade de Caieiras.
O projeto que estamos estudando é a intervenção nas casas da região e a capacitação dos moradores.
A Jacyra Martins é presidente da Associação e trabalha nas regiões carentes de Caieiras há 24 anos.

 

Preocupada com sustentabilidade, ela recolhe óleo de cozinha para o Programa Bio Óleo e o lucro da venda é revertido para a comunidade.
A Associação tem atendimentos diários aos deficientes e moradores em geral doando cadeiras de rodas, cadeiras para banho, muletas, fraldas geriátricas para deficentes – que são confeccionadas pela própria Associação – cestas básicas para as famílias, enxovais para recém nascidos, etc.
A Associação recebe doação de roupas, sapatos e armação de óculos que são revendidos em um bazar, com preços simbólicos.
Vamos fazer uma parceria, para levarmos nosso projeto de Capacitação e Clínica de Arquitetura a essa região desprovida de tudo. Acreditamos que juntos, podemos resgatar a esperança e a qualidade de vida dos moradores de Caucária.
A RECRIAR e a ASSOCIAÇÃO contam com o apoio de todos que puderem participar da realização deste sonho.

 Aprendendo a Construir 

Um novo estudo descobriu os pássaros aprendem a arte de construir o ninho, não sendo apenas uma habilidade instintiva.
Pesquisadores de Edimburgo, Glasgow e Universidades de St Andrews estudaram imagens de tecelões mascarados (Ploceus velatus) gravadas por cientistas em Botswana. Esta espécie foi escolhida porque esses pássaros coloridos constroem muitos ninhos complexos em uma temporada.
Dr. Patrick Walsh da Universidade de Edimburgo, disse o estudo revelou “um papel claro para a experiência”.
A pesquisa foi publicada na revista Behavioural Processes.
Pássaros individuais variaram a técnica de um ninho para o outro e houve casos de aves construírem ninhos da esquerda para a direita, bem como da direita para a esquerda.
Como as aves ganharam mais experiência, as folhas de grama caiam com menos frequência.

 

“Se os pássaros construíssem seus ninhos apenas de acordo com um modelo genético, seria de esperar que todos os pássaros construíssem os seus ninhos da mesma forma a cada vez. Entretanto, este não foi o caso”, acrescentou o Dr. Walsh.
 “Os tecelões mascarados apresentam fortes variações em sua abordagem, revelando um papel claro para a experiência.
“ Mesmo para as aves, a prática leva à perfeição.”